Como criar um ambiente de trabalho saudável?
7 de fevereiro de 2017Associação Abralimp fecha parceria com ABNT para certificação ecológica
7 de maio de 2018Mais de um terço dos hospitais e clínicas em países em desenvolvimento não tem lugar para funcionários e pacientes lavarem as mãos com sabão, e quase 40 por cento não possuem nenhuma fonte de água, de acordo com uma avaliação internacional feita com o apoio da Organização Mundial de Saúde (OMS).
O relatório, feito pela entidade beneficente WaterAid, do setor de saneamento e a OMS, diz que a cada ano meio milhão de bebês morrem antes de atingirem um mês de idade por causa da falta de água potável e saneamento seguro.
Para um de cada cinco desses bebês, ser lavado em água limpa e receber cuidados em um ambiente limpo e seguro por pessoas que tenham lavado as mãos com sabão poderia ter evitado sua morte prematura, afirma o relatório.
“A capacidade de manter um hospital ou clínica limpo é um requisito tão fundamental nos cuidados com a saúde que é preciso questionar se uma instalação sem água corrente limpa ou saneamento básico pode atender adequadamente seus pacientes”, disse Barbara Frost, executiva-chefe da WaterAid. “Nascer em condições anti-higiênicas condena muitos bebês a uma morte precoce e tragicamente evitável.”
Maria Neira, especialista da OMS em saúde pública, social e ambiental, disse que os resultados da avaliação –a primeira desse seu tipo que cobre 54 países em desenvolvimento– são ainda mais chocantes porque, mesmo quando as clínicas de saúde são classificadas como tendo acesso a água, o abastecimento pode estar a até meio quilômetro de distância, em vez de a água ser canalizada diretamente para o local.
“Mulheres grávidas dependem de um ambiente de parto que, no mínimo, não deixe seu bebê em risco, sem falar na necessidade de água potável ou de ter de deixar a instalação para procurar um banheiro”, disse ela em um comunicado.
Além de causar a morte de recém-nascidos, as mesmas condições de falta de higiene também alimentam grandes surtos de doenças, tais como epidemias de cólera na República Democrática do Congo, Haiti, Malauí, Tanzânia e Sudão do Sul, constatou o estudo.